29 setembro 2009

NOVOS RUMOS DA CORRIDA ESPACIAL

CORRIDA POR UM FUTURO BRILHANTE NO ESPAÇO Por: Renan Rodrigues e Alberto Faber da turma 3301

Por incrível que pareça, com o surgimento da guerra fria surgiu a corrida espacial. A rivalidade entre EUA e União Soviética fez com que a humanidade chegasse à Lua e mandasse sondas para todos os cantos do sistema solar. Com o fim do bloco comunista, os dois países cortaram as verbas para a pesquisa espacial e nós nunca mais fomos tão longe. Até agora. Por motivos econômicos e científicos, o mundo voltou a se interessar pelo espaço a ponto de ensaiar uma segunda
edição da corrida espacial. O melhor é que desta vez você tem várias opções de países para torcer. Além de EUA e Rússia, a União Européia, a China, o Japão, a Índia, empresas privadas e até o Brasil estão na disputa. Na missão Marte, os maiores candidatos são EUA e União Européia que vão com o objetivo de desenvolver a ciência – especula-se que Marte possa ter vida na forma de vírus e bactérias – o prestígio que se ganha com as missões ao planeta vermelho só é comparável ao das missões Apollo, que foram à Lua há 36 anos. Os países mais avançados na disputa são EUA e alguns da Europa. Os europeus têm uma sonda mapeando o planeta e os americanos, dois robozinhos estudando o solo. No futuro, europeus querem trazer para a Terra amostras do solo marciano. Já os EUA planejam um robô ainda maior e mais equipado. Possuem muitos planos em pauta, mas a verdadeira corrida espacial está em marcha lenta, pois hoje a crise econômica e cortes no orçamento da Nasa praticamente inviabilizaram os programas norte-americano para Marte; China tenta até seguir os passos dos EUA em direção à Lua, mas planeja chegar ao satélite só depois de 2025. O planeta todo está em alerta, mergulhado na pior crise econômica da história recente. Isso é verdade também no tocante à disposição do governo norte-americano de investir no programa espacial que poderá levar o homem de volta à Lua e, de lá, a Marte, mas segundo Barack Obama, está propondo um orçamento planetário para a Nasa de US$ 1,5 bilhão [R$ 2,8 bilhões] para o ano fiscal de 2010. O fato de a maior economia do mundo não ter dinheiro ou disposição de investir na aventura, abre campo para uma nova corrida espacial, dessa vez multipolar e patrocinada principalmente pelas economias emergentes, como mandam os tempos atuais. Assim, o vácuo norte-americano vem sendo preenchido por países como a China, que com US$ 2 trilhões de reservas estrangeiras é o principal credor da dívida pública norte-americana. O norte-americano Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua e prestes há completar 80 anos, escreveu na edição mais recente da "Popular Mechanics": "Vamos deixar para lá nosso programa lunar do "eu-sozinho" e convidar parceiros internacionais como China, Europa, Rússia, Índia e Japão para fazer o principal do planejamento, desenvolvimento técnico e financiamento, pois se vamos juntos ou sozinhos, só me importo com uma coisa: que a humanidade continue explorando o espaço".

MISSÃO MARTE, MISSÃO PERIGOSA Por: Daniela Mello, Thaís Botelho, Gabrielle Souza, Ana Nascimento da turma 3301

Durante uma viagem a Marte, os astronautas ficariam expostos a problemas psicológicos pelo confinamento, danos genéticos pela radiação e perda de massa óssea devido à falta de gravidade. Em agosto, a NASA lança a missão Phoenix, que coletará amostras do solo marciano em busca de sinais da existência de água e de matéria orgânica. Não se sabe se a presença de metano na atmosfera em Marte pode indicar a presença de vida no planeta vermelho, pois as ondas que estão sendo lançadas são utilizadas apenas para ajudar a entender o desenvolvimento de Marte, as mudanças geológicas e a historia do planeta, segundo a entrevista de Ramon de Paula um dos participantes desta exploração a Galileu. A distância entre os dois planetas variam, pois em agosto de 2003, Marte estava a 56,3 milhões de quilômetros da Terra, foi constatado que esta foi a distância mais curta em 60 mil anos. A tripulação escolhida para viajar até Marte deverá saber lhe dar com graves ameaças ambientais por um longo tempo, afirmam especialistas norte-americanos. A temperatura média de sua superfície é de 53 graus abaixo de zero e sua atmosfera está quase totalmente composta por dióxido de carbono. “O maior desafio é o tempo longe da Terra, de uns três anos. Seria preciso permanecer ali 18 meses antes de poder regressar”, explicou John Hoffman membro do projeto Phoenix da NASA. Depressão, ansiedade, traumas e outras disfunções neurológicas e psiquiátricas são alguns dos fatores de risco. Além de uma arriscada exposição à radiação espacial durante os meses de duração da viagem e durante a permanência em Marte. Fora da atmosfera terrestre, a radiação espacial é tão forte que pode ocasionar câncer, cataratas e problemas no sistema nervoso central. Para se proteger cada astronauta deve ficar em lugares melhor protegidos da ISS e consumir muitos antioxidantes. Relatórios de longas missões espaciais sugerem um reduzido consumo calórico, o que poderia resultar na perda de tecidos, incluindo músculos, ossos e células vermelhas, Segundo John Ira Petty, porta-voz do Lyndon B. Johnson Space Center. As experiências da ISS ensinam o essencial sobre a presença humana no espaço durante longos períodos, incluindo medidas de prevenção, como exercícios contra a deterioração muscular e para melhorar o estado cardiovascular. “Sistemas como o utilizado na ISS para reciclar a água e para a geração de oxigênio poderiam ser aplicados em Marte. Entretanto, uma missão tripulada a Marte dependerá de restrições orçamentárias e do desenvolvimento da tecnologia adequada. Cumpridas essas condições, se poderia lançar uma missão com destino ao planeta a cada 25 meses. Ainda estamos muito longe de os humanos visitarem Marte”, disse Petty ao Terramérica.

SITUAÇÃO DO BRASIL E A COMPARAÇÃO COM PAÍSES EMERGENTES NA CORRIDA ESPACIAL Por: Jonathan de Oliveira, Renato Motta e Felipe Jorge da turma 3301

A estimativa da Agência Espacial Brasileira (AEB) é que o Brasil tenha que investir R$ 200 milhões ao ano para desenvolver seu programa espacial, que prevê a implementação de um centro de lançamento de satélites e o domínio da tecnologia necessária para lançá-los e construí-los. A AEB afirmou que até 2010 vai fazer uma nova revisão (a terceira em 12 anos) do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O objetivo é que o documento defina prioridades do setor até 2020. Paralelamente, a Câmara dos Deputados através do seu Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica resolveu apresentar emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias para suprir o Programa. O Conselho realizou um estudo e vai encaminhar ao governo documento com sugestões sobre a política espacial. O estudo foi elaborado através de um ciclo de estudos. Ele aponta alternativas como a transformação do PNAE em uma política de Estado. Os deputados também prevêem o aumento de recursos para a viabilização do programa, que tem como um dos objetivos o lançamento de primeiro satélite geoestacionário nacional, que possibilitará as comunicações e a segurança do espaço aéreo. A intenção da AEB é lançar o satélite no prazo de dois anos. O Conselho verificou que o programa está estagnado por conta do corte orçamentário de 22,5% e por isso decidiu apresentar emenda a Lei de Diretrizes Orçamentárias para que recursos sejam gara
ntidos através do Fundo de Universalização do Sistema de Telecomunicações (Fust), para evitar a descontinuidade do programa. E é exatamente essa descontinuidade que vem prejudicando o programa espacial brasileiro, que a cada governo sofre mudanças de rumo. O Programa Espacial Brasileiro além cortes no orçamento, sofreu recentemente um golpe de misericórdia dado pela Justiça, ao inviabilizar a ampliação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Enquanto o Brasil engatinha com seu programa espacial, outros países emergentes avançam. A China e Índia, estão muito a frente, inclusive, com previsão de terem missões tripuladas. A China lançou a sua primeira sonda lunar em outubro de 2007, concluindo com sucesso as missões científicas. O país planeja lançar sua segunda sonda antes de 2012. Em todo o mundo, menos de uma dezena de países domina totalmente as diversas etapas de um programa espacial completo, por ordem de entrada: Rússia (1957), EUA (1958), França (1965), Reino Unido, Japão (1970), China (1970), Índia (1980), Israel (1988) e Irã (2009). Coincidentemente esses mesmos países compõem o ´grupo atômico´, que domina o enriquecimento de urânio e têm tecnologia para produzir a bomba atômica. O Brasil está buscando se gabaritar para entrar no negócio internacional espacial. Dentro dos investimentos planejados pelo governo brasileiro está a construção de uma nova Unidade de Lançamento de Foguetes, devido a impossibilidade do CLA ser ampliado. A Agência não indicou o local escolhido, mas vazou a informação de que terá cerca de 20 mil hectares, e ficará na costa Norte-Nordeste, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Contudo, o programa Espacial Brasileiro caminha a passos lentos e já foi ultrapassado por China e Índia e corre o risco de ficar atrás do Irã e da Coréia do Norte. Faltam recursos para o setor.

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